Terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Última Modificação: 19/02/2019 16:38:01 | Visualizada 1507 vezes
Duplicação da rodovia não prevê trincheiras em perímetro urbano, prejudicando a mobilidade e a economia local; Município vai apresentar estudo técnico ao Governo do Paraná, reivindicando constru&ccedi
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Paiçandu necessita de nova trincheira no perímetro urbano da rodovia PR-323. Este foi o consenso de uma reunião pública do município com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), realizada na sexta-feira (15), na sede da prefeitura. O projeto de duplicação da rodovia entre Paiçandu e Doutor Camargo, com obras em execução, não prevê a construção de nova estrutura para cruzamento e retorno no perímetro urbano – o que gera impactos negativos tanto para a mobilidade, quanto para a economia local.
Além do prefeito, Tarcísio Marques dos Reis, do vice-prefeito, Santo Gardinal, e do presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Antônio Batista (Carlos Itaipu), representantes da Associação Comercial e Empresarial de Paiçandu (ACIP), dos agricultores e do distrito de Água Boa participaram do encontro. O DER-PR foi representado pelos engenheiros Octavio José Silveira da Rocha e Eduardo Ferraz, ambos da Superintendência Regional Noroeste do órgão.
O município questionou o projeto de duplicação que foi licitado e está em andamento com recursos do Governo do Estado do Paraná. Não há previsão de estruturas para transposição da rodovia ainda no perímetro urbano de Paiçandu. Pelo projeto, a única trincheira para cruzamento e retorno entre Paiçandu e Água Boa será construída a mais de seis quilômetros da estrutura já existente na Avenida Curitiba.
O vice-prefeito, Santo Gardinal, ressaltou que a duplicação da PR-323 é necessária para o desenvolvimento da região noroeste do Paraná, mas ponderou que o município não pode ser esquecido nesse objetivo. “Quando o Estado duplicou a rodovia entre Paiçandu e Maringá, nossas necessidades locais foram consideradas. O número de trincheiras sob a estrada é bastante satisfatório. E a distância entre uma e outra, inclusive, está dentro do que estabelecem as normas rodoviárias”, lembrou.
“Agora, nesta nova etapa até Doutor Camargo, o projeto é ruim para nós. Imagine, por exemplo, o transtorno que será causado para os caminhões que carregam e descarregam todos os dias nas empresas instaladas ao lado da rodovia. Os motoristas terão que rodar cerca de 10 quilômetros a mais, indo e voltando até o local onde está prevista a trincheira, e só então acessar o pátio das empresas ou seguir viagem. Isso é absolutamente impensável. Vai criar dificuldades para o deslocamento dos moradores de bairros como o Parque São Jorge e, ainda, gerar custos para a movimentação da nossa economia”, defendeu o vice-prefeito.
Todos os presentes na reunião concordaram com a argumentação, reforçando aos engenheiros do DER-PR a necessidade de a estrutura ser construída em área mais próxima ao perímetro urbano. A sugestão, aprovada pela unanimidade dos representantes do município, é de que a trincheira seja instalada no quilômetro 155,2 da rodovia, nas proximidades da cooperativa agroindustrial Cocamar.
Naquela região, somente uma das distribuidoras movimenta aproximadamente 150 caminhões por dia. Depois de a via ser duplicada, a trincheira se tornará fundamental não apenas pelo tráfego da carga, como também pela segurança do cruzamento e do retorno em desnível. Os moradores dos bairros próximos também terão a mobilidade beneficiada.
O engenheiro Octavio Rocha, do DER-PR, disse que a reivindicação do município é pontual, explicando quais são as possibilidades de a comunidade pleitear a estrutura junto ao Estado. “Neste momento, são muitas as limitações para que se consigam mudanças ou inclusões no projeto, que já está sendo executado. Qualquer que seja a alteração terá de respeitar o valor licitado para que não haja desequilíbrio contratual. Mas a necessidade local por essa trincheira é bastante evidente e, tenho certeza, o Governo do Paraná está disposto a dialogar e encontrar uma solução benéfica para a comunidade paiçanduense”, afirmou.
O município deve apresentar um estudo de viabilidade técnica, comprovando as condições de instalação da estrutura no quilômetro 155,2 ao DER-PR. A análise de engenharia será feita ao longo das próximas semanas. O objetivo é de que o Governo do Paraná ou transfira a trincheira já projetada em área rural para o perímetro urbano ou, como hipótese alternativa, desenvolva um novo projeto de construção para a trincheira pleiteada pela comunidade.
O vereador Carlos Aparecido Fenille (Carlos da Band) e a vereadora Dolores Soto Martinez Zavatini também participaram do encontro de sexta-feira. Novas reuniões públicas sobre o assunto devem acontecer na sede da prefeitura, antes de o estudo ser apresentado ao DER-PR e ao Estado.
ENTENDA
KM 152,7
Trincheira já existente, no acesso da Avenida Curitiba às ruas Rui Barbosa e Curitiba, laterais à rodovia;
KM 155,2
Trincheira reivindicada pelo município no perímetro urbano, nas proximidades do bairro Parque São Jorge e da Cocamar. Essa estrutura é necessária para a mobilidade dos moradores e para o tráfego seguro dos caminhões que abastecem as empresas desta região da cidade;
KM 158,9
Trincheira prevista no projeto de duplicação da rodovia, a mais de seis quilômetros de distância da trincheira existente no acesso da Avenida Curitiba. Essa estrutura, projetada na área rural entre Paiçandu e Água Boa, é prejudicial para a mobilidade e para a economia do município.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Paiçandu