Quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Última Modificação: 23/08/2017 16:19:11 | Visualizada 796 vezes
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Está em exposição na Casa da Cultura de Paiçandu, o fotodocumentário “A Batalha de Brasília” do fotojornalista maringaense João Paulo Fiorenza, que mostra as manifestações e ocupações de movimentos sociais ocorridas nos últimos dois anos na capital do país, mas com um olhar diferente, do propagado pela grande mídia. Na abertura (17), Fiorenza esteve presente para uma roda de conversa, junto com a professora Edna Reis, a professora e jornalista Nadir Alves e o secretário de cultura Luciano Scuissatto. O fotodocumentário ficará exposto até o dia 18 de setembro.
A exposição “A Batalha de Brasília” é o primeiro fotodocumentário a ser exposto na Casa da Cultura. O secretário de cultura, Luciano Scuissatto, falou sobre a relevância desse evento no município: “É papel da Secretaria de Cultura organizar exposições que retratem manifestações artísticas de todas as vertentes. As imagens apresentadas pelo João Fiorenza retratam um momento muito importante de nosso país, transmite uma mensagem muito impactante. A mesa de abertura que organizamos reforça ainda mais a necessidade de debatermos e usarmos a arte e a cultura como forma de entender nossa sociedade.”
A professora Edna Reis também falou sobre a veracidade das imagens expostas. “O fotografo João trás pra nós fotografias que retratam uma realidade triste que estamos vivendo, é uma retirada de direitos constantes... por conta disso o descontentamento popular é muito grande e as pessoas saem nas ruas e é esse o nosso papel, lutar todos os dias contra as injustiças e contra a exploração da classe trabalhadora.”
João Paulo Fiorenza participa de movimentos sociais desde 2010 e usa o fotojornalismo como retratação histórica e divulgação da sua postura como manifestante. Ele diz acreditar na mudança do país e afirma que a comunicação pode contribuir para que isto ocorra.
“Eu acredito em um país melhor e não desisto do meu país! É aqui que eu quero vier e quero ter a minha família, quero morar pra sempre. O Brasil é a minha morada e é por ele que eu estou lutando... É uma pena o que a gente vê e o que vivemos, mas acredito que isto vai passar e que com a força da juventude, dos movimentos sociais e de pessoas emprenhadas, vamos transformar o que chamamos de futuro.” Enfatiza Fiorenza.
A professora e jornalista Nadir Alves, que participou da roda de conversa na exposição, comparou o fotojornalista com um pintor espanhol, pela magnitude das imagens. “Acredito que a arte é o viés, o nosso caminho, o nosso lago pra gente chegar ao que podemos fazer pra mudar a nossa sociedade. Eu enxergo as fotografias do João como se fosse o nosso Pablo Picasso hoje, Picasso fez Guernica e chamou à atenção da humanidade, o João vem por meio das fotografias trazer um novo olhar para a nossa realidade, nem sempre mostrada pela grande mídia, assim podemos ter um novo olhar para a história.” Diz Alves.
Fonte: Assessoria de Imprensa